quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Pátria Grande - América Latina


Pequeno trecho de um texto publicado no último número da revista Caros Amigos.
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Henry Kissinger deve estar se lamentando, em sua velhice carregada de más notícias, o fato de haver anunciado meio século atrás, na festiva celebração do golpe de Estado de 1964, que "aonde for o Brasil, irá a América Latina".
Muito caminho ainda tem por percorrer o gigante luso-brasileiro. Suas elites ainda não chacoalharam de cima a imponente lápide divisionista herdada da aliança entre a burguesia paulista e o imperialismo, por um lado, e as retrógradas classes dominantes do Nordeste açucareiro e os agressivos bandeirantes que, por largas décadas, consideraram a Bolívia, o Paraguai e o Uruguai como meros clubes de caça, apêndices da "bomba aspirante impulsora" do triângulo São Paulo - Belo Horizonte - Rio de Janeiro. Essa mesma visão fazia da Argentina o grande inimigo a conter, e a unidade do antigo Vice-Reino do Rio da Prata um perigo a destruir. Era já hora de que esses mitos começassem a desvanecer.

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Néstor Gorojovsky, geógrafo e jornalista argentino Tradução de Micael Morassutti.
Retirado da revista Caros Amigos 174, Pátria Grande - América Latina, A Política Unificadora da Revolução Social dos Povos, setembro de 2011, página 41.

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